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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 04/07/2024

Actua no Porto e em Lisboa para apresentar quatro partos.

zé menos: “Estas canções abrem a porta a momentos que os meus concertos ainda não tinham”

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 04/07/2024

Pouco mais de um mês desde o lançamento do EP quatro partos, pela Biruta, chega a vez de este disco que juntou zé menos a Pedro, o Mau ser apresentado ao vivo. zé menos sobe ao palco dos Maus Hábitos, no Porto, esta sexta-feira, 5 de Julho; e uma semana depois, no dia 12, é a vez de rumar à Casa do Comum, em Lisboa.

Após entrevistarmos a dupla sobre como tiveram a ideia de orquestrar um projecto conjunto e de como funcionou o processo criativo, além de termos publicado um faixa-a-faixa do EP, colocámos algumas questões a zé menos para antecipar as duas actuações que aí vêm.



Os concertos nos Maus Hábitos e na Casa do Comum servirão para apresentar o quatro partos, mas imaginamos que também toques outras canções. O que podemos esperar da performance?

Olha, a ideia tem sido preparar um concerto com as músicas todas do quatro partos e com as músicas d’o chão do parque que dão melhor a mão a estas mais recentes, que têm algo mais próximo na sua génese. E provavelmente acrescento à mistura uma ou duas versões que tenho vindo a tocar de coisas de que gosto muito.  

Vais-te apresentar com o Pedro, o Mau? Como será a formação ao vivo destes concertos?

Vou tocar sozinho em palco nestes concertos. Inicialmente comecei a preparar uma formação nova mas fui um bocadinho ambicioso nos timings de preparação e subestimei o meu cansaço actual para gerir esta reformulação, fiquei um bocado sobrecarregado. É algo que acho que vai acontecer no futuro próximo, ter pelo menos mais uma voz comigo em palco, mas pelo menos para este regresso percebi que me sentiria mais confortável sozinho. Não tem havido tempo para tudo…

Estás particularmente entusiasmado por apresentares estas canções ao vivo? Sentes que irão ganhar uma vida reforçada em palco?

Como o registo é bastante mais lento e grave nestas novas canções, há algumas coisas mais técnicas com a voz a que tenho de prestar atenção, principalmente gerir o cansaço ao longo do set. Estou bastante entusiasmado, sim, fui tocando a “quadrado azul, T vermelho” nos últimos anos e a reacção das pessoas foi sempre bastante boa. Acho que são canções que abrem a porta a momentos que os meus concertos ainda não tinham.

Planeias fazer mais apresentações do disco?

Gostava muito, claro, vou continuar a trabalhar nisso. Nunca toquei em nome próprio em Braga ou Guimarães, por exemplo, e gostava muito. Coimbra também é uma cidade onde gostava de tocar. Claro que a gente quer ir aonde nos querem ver e sei que esse assunto é toda uma outra conversa, mas vou tentar marcar mais algumas datas ainda e conto que depois de ter alguns concertos nas costas isso possa surgir mais facilmente.

Porque é que o disco se chama quatro partos? Qual foi a ideia que deu origem ao título?

Quando começámos a trabalhar para fechar o disco eu trouxe algumas propostas para discutir com o Pedro. Lembro-me de que havia duas hipóteses fortes que ambos gostávamos mas esta era a única que fazia especial sentido neste disco, a outra era uma ideia que poderia ser usada noutros. “ergue o corpo meu menino, já nasceste quatro vezes (…)”, sobretudo isso. É uma ideia mais de sobrevivência do que de reinvenção, de que em vários momentos da minha vida ter conseguido pôr certas coisas para trás de mim foi um alívio tão grande que me deu hipótese de renascer, sem me mudar, mas com mais chances de ser feliz, de não ter um certo peso inerente. É por aí.


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