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Texto: ReB Team
Fotografia: Simão Costa
Publicado a: 20/06/2024

O mais recente trabalho do rapper portuense foi criado em colaboração com Pedro, o Mau.

zé menos apresenta quatro partos ao vivo no Porto e em Lisboa

Texto: ReB Team
Fotografia: Simão Costa
Publicado a: 20/06/2024

zé menos prepara-se para levar a música do seu mais recente projecto até aos palcos. quatro partos vai fazer-se escutar ao vivo no Porto (5 de Julho no Maus Hábitos) e em Lisboa (12 de Julho a Casa do Comum).

Depois de largar a pele de Kap, José Poças começou a trabalhar num estilo de rap ainda mais autoral e criou o projecto zé menos, que teve a sua estreia em 2019 com o álbum o chão do parque, uma das obras mais originais a surgir da cena hip hop nacional nos últimos anos. Agradado com a mutação do colega, Pedro, o Mau (ex-COLÓNIA CALÚNIA e actualmente parte do trio ALMA ATA) desafiou-o a esculpir um projecto a quatro mãos, que culminou com a edição do EP quatro partos em Maio último pela Biruta Records.

Antes do lançamento do disco, a dupla revelou como se iniciaram os trabalhos para a feitura destas 6 canções numa entrevista conduzida por Ricardo Farinha para o Rimas e Batidas. Já ontem, aquando a publicação da mais recente #ReBPlaylist, João Mineiro destacou “canção de embalar” como um dos melhores temas que viram a luz do dia ao longo do mês de Maio:

“Esta é uma das peças mais sensíveis de quatro partos, EP que conjuga as íntimas, frágeis e acolhedoras texturas sonoras de Pedro, o Mau, com a lúcida inquietude de zé menos, num mundo narrativo que é tanto deles, como nosso. Vemo-lo desde a ‘arena’, tema de apresentação do projeto, onde já nos falavam dos cravos secos regados com o nosso suor. E por aqui continuamos, agora neste embalo cantado sobre as misérias presentes, mas também sobre a promessa serena do porvir. Afinal, ‘amanhã se tiveres sorte/ o vento já não te sopra/ vais ver que as nuvens se foram/ e o sol tímido olha/ para o teu sorriso forte’. Não é certo que o peso do corpo se apodere e o sono nos leve ‘onde a pressa não tem ar’. Tampouco que a chuva que imitida quem dorme por baixo das casas, deixe também de atormentar quem só fica satisfeito ‘quando o outro for livre’. Mas como não tentar, uma outra e outra vez, esse sono quase acordado, intranquilo e revigorado pelas imagens do anseio que os gatos têm do carinho e tempo com que teimamos em mimá-los? Como não tentar adormecer com consciência do tempo que vivemos sempre que não nos matámos e da possibilidade de nos liberarmos dos grilhões que nos agarram? Precisamos, como Josézinho, de algum tempo para descansar, até porque, e voltando ao Zeca, ‘quando os adultos dormem e as luzes se apagam nas janelas os meninos levantam-se e vão cumprimentar as estrelas’.”


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