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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 10/03/2025

Preciosidades históricas.

Três registos inéditos de Gal Costa saem directamente dos cofres da editora para os serviços de streaming

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 10/03/2025

Sem qualquer aviso prévio, foi lançado no final da semana passada pela Universal Music Brasil nas plataformas de streaming o Compacto de 1972 de Gal Costa.

São três temas de estúdio nunca anteriormente lançados de nenhuma forma na voz de Gal Costa. A gravação e o seu lançamento iminente foi noticiado pela imprensa brasileira em Maio e Junho de 1972, e as sessões de gravação no final de Junho sucederam-se à curta temporada de shows que Gal e Gilberto Gil fizeram no início de Maio em São Paulo e no Rio de Janeiro, intitulada “Até 73” — na segunda metade do ano era suposto estarem de volta à Europa e Estados Unidos, numa tentativa de internacionalização que acabou por não acontecer.

Os músicos do show são Lenny Gordin (guitarra), Tutti Moreno (bateria), Bruce Henry (baixo) e Antonio Perna (piano), ou seja, a formação que acabara também de gravar em Abril o mítico álbum Expresso 2222 de Gilberto Gil e que se mantém nas sessões de estúdio agora editadas (apenas com a substituição de Bruce Henry por Novelli no baixo). O três inéditos lançados são “A Morte” (tema de Gilberto Gil nunca gravado nem executado ao vivo pelo autor, mas lançado logo em 1972 por Jards Macalé no seu LP de estreia, onde a guitarra e bateria são também asseguradas pelos mesmos músicos das sessões de Gal Costa), “Vale Quanto Pesa” (tema de Luiz Melodia, gravado pelo próprio no álbum de estreia, Pérola Negra, do ano seguinte, onde o piano é também assegurado por Antonio Perna) e ainda “O Dengo Que A Nega Tem” (tema do cancioneiro de Dorival Caymmi de 1941, gravado pelo próprio para o álbum de 1960, Eu Não Tenho Onde Morar).

O tema de Caymmi, numa versão bem longa, é assim um prenúncio de um cancioneiro ao qual Gal Costa irá dedicar a sua atenção três anos depois, com a gravação do grande sucesso “Modinha para Gabriela” (da novela Gabriela Cravo e Canela exibida no final de 1975, uma escolha perfeita para Caymmi que já tinha em 1955 editado um álbum em 10″ dedicado à obra de Jorge Amado, o criador da trama televisiva), seguido do álbum dedicado inteiramente ao mestre, Gal Canta Caymmi (lançado em 1976).

Aguardemos agora que, pelo menos, as gravações dos shows identificadas em 2011 pelo pesquisador Rodrigo Faour no acervo da editora, sejam finalmente lançadas. De recordar que esses espectáculos contemplam registos de 1973 (de suporte ao álbum Índia com temas inéditos), de 1974 (de suporte ao álbum Cantar, com duetos inéditos com João Donato) e de 1976 (de suporte ao referido álbum dedicado ao cancioneiro de Dorival Caymmi e onde o próprio acompanhou Gal Costa em palco).


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