pub

Texto: Vítor Rua
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 11/03/2025

Dos alicerces do ritmo à melodia da memória.

Tóli César Machado: A Arquitectura Sonora de um Inventor do Pop Rock

Texto: Vítor Rua
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 11/03/2025

[A Semente e o Eco]

A história de Tóli César Machado entrelaça-se com o próprio tecido da música portuguesa contemporânea, num percurso que nasce na percussão e se expande em constelações harmónicas. Nascido no Porto, cidade onde o nevoeiro se mistura com a electricidade criativa, Tóli foi um alquimista do som desde tenra idade. Cresceu entre discos, ecos familiares e uma insaciável curiosidade sonora que o levou a transformar objectos do quotidiano em instrumentos de experimentação rítmica.

Se a sua primeira linguagem foi o batuque espontâneo, a bateria tornou-se rapidamente a extensão natural desse impulso primordial. Em 1980, com apenas 19 anos, integrou a fundação dos GNR. O Grupo Novo Rock não era apenas uma banda, mas um manifesto de uma nova estética musical que, entre a irreverência do punk e a sofisticação da new wave, pretendia romper com o conformismo sonoro da década anterior.

A pulsão da sua bateria definiu a identidade rítmica da banda na sua fase embrionária, mas à medida que os anos passaram e as dinâmicas internas se alteraram, Tóli reinventou-se. O GNR ganhou uma nova feição, onde a electricidade das guitarras e a cadência percussiva deram lugar a arranjos mais elaborados e a uma sonoridade que dialogava com a pop sofisticada europeia.

Tóli César Machado é mais do que um músico; é um artesão sonoro, um explorador de paisagens auditivas. Através da sua guitarra, teclados e acordeão, ergueu pontes entre estéticas musicais, permitindo que o pop rock português transcendesse as suas próprias fronteiras estilísticas. Em cada composição sua, sente-se uma busca pelo detalhe, uma costura fina entre melodia e experimentação. A sua assinatura está presente não apenas na sonoridade dos GNR, mas na forma como a música portuguesa se reinventou ao longo das últimas décadas.

A sua carreira é um testemunho da resiliência e da mutabilidade artística, provando que a música não é um percurso linear, mas um fluxo em constante transformação. A semente plantada na infância germinou e cresceu, espalhando ecos que continuam a ressoar no panorama musical contemporâneo.

O ensaio prossegue com uma análise mais profunda das fases criativas de Tóli César Machado, explorando as influências, as mutações sonoras e a singularidade do seu contributo para a música portuguesa.

[Ecos de Infância e a Forja da Identidade Sonora]

O Porto dos anos 60 e 70 era um cadinho fervilhante de influências, onde o fado se misturava com os primeiros ecos do rock anglo-saxónico. Foi nesse ambiente que Tóli César Machado cresceu, rodeado de sete irmãos e de uma família que lhe oferecia discos como quem oferece mapas para mundos desconhecidos. O primeiro desses mundos foi James Brown e o ritmo infeccioso de Hot Pants, que abriu caminho para a descoberta de Johnny Cash, Led Zeppelin, Yes e Genesis. Mas foi com David Bowie, em The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars, que a paixão se tornou destino.

Desde criança, Tóli via na música um portal para a expressão pura. Improvisava baterias com latas, formas de bolo e paus, antecipando o que mais tarde se tornaria um percurso profissional. No Colégio Brotero, onde estudou, encontrou uma bateria verdadeira que passou a explorar incessantemente. No liceu Garcia de Orta, experimentou pela primeira vez um órgão, expandindo as suas possibilidades criativas. Mas foi em Coruche, para onde se mudou temporariamente, que o espaço e a solidão lhe permitiram amadurecer a relação com o som e com a composição.

Não foi apenas a música que moldou Tóli. O râguebi, que praticou durante quatro anos no Centro de Desporto da Universidade do Porto, ensinou-lhe disciplina e resiliência. O cinema, que estudou na Cooperativa Árvore, dotou-o de um olhar mais amplo sobre a arte. Mas foi ao piano, em horas solitárias de experimentação, que consolidou a sua voz composicional. Criar tornou-se rotina, uma oficina diária onde melodias e harmonias eram lapidadas com o mesmo rigor de um escultor.

Tóli César Machado foi, e é, um obreiro incansável da música. Da infância atenta à juventude exploratória, cada experiência somou-se à forja de um artista cuja obra transcende o tempo e as tendências efémeras. O ensaio continua com uma imersão na sua fase de maturidade musical e na sua contribuição incontornável para a música portuguesa.

[O Som e a Revolução: A Emergência dos GNR]

A passagem de Tóli César Machado da adolescência criativa para a profissionalização musical aconteceu de forma quase espontânea. A sua primeira actuação ao vivo foi no Colégio Alemão do Porto, onde substituiu um baterista ausente, mostrando uma combinação de técnica e expressividade que impressionou os presentes. Foi nesse contexto que Alexandre Soares reparou nele e, pouco depois, o convidou para ensaios na garagem de Francos. Esse momento selou o início do percurso dos GNR.

O rock português estava em mutação, e os GNR representavam uma nova abordagem, explorando texturas sonoras que misturavam influências punk, new wave e um sentido lúdrico de experimentação.

O single de estreia, “Portugal na CEE”, lançado em 1981, capturou de imediato a atenção do público e da crítica, mostrando que a banda não se limitava a seguir padrões comerciais. No entanto, foi a chegada de Rui Reininho, em 1982, que redefiniu a identidade dos GNR. Com a sua abordagem performativa e letras iconoclastas, ele trouxe uma teatralidade única ao grupo.

A banda passou por metamorfoses que culminaram no amadurecimento da sonoridade, levando a álbuns emblemáticos como Psicopátria (1987) e Rock in Rio Douro (1992). Tóli expandiu as suas capacidades para além da bateria, abraçando o piano, guitarra e acordeão, tornando-se o centro gravitacional da identidade melódica dos GNR.

Com o tempo, a sua presença no palco tornou-se mais visível, reflectindo o peso crescente das suas contribuições. O rock português não seria o mesmo sem Tóli César Machado. O ensaio continua com a exploração do seu impacto duradouro na música portuguesa.

[Além dos GNR: Expansão Criativa e Contribuições Musicais]

A versatilidade e inquietação criativa de Tóli César Machado não se limitaram ao universo dos GNR. Ao longo da sua trajectória, multiplicou-se em projectos paralelos, colaborações e incursões artísticas que cimentaram a sua reputação como um dos músicos mais ecléticos e influentes da cena portuguesa.

Já em 1981, no auge do seu envolvimento com os GNR, foi convidado pela Valentim de Carvalho para tocar bateria no single Flor Sonhada”, de Manuela Moura Guedes. Esta experiência abriu portas para a sua participação, no ano seguinte, no álbum Alibi, onde compôs, produziu e executou vários instrumentos. Foi também em 1982 que se aventurou num dos seus projectos mais arrojados, contribuindo para o álbum CTU Telectu, dos Telectu, mostrando uma predisposição para a experimentação sonora que se tornaria uma constante na sua obra.

Mas foi com Anjo da Guarda (1983), de António Variações, que a sua presença se fez sentir de forma mais impactante. Tóli não foi apenas um músico de sessão; participou activamente na composição e produção do disco, deixando a sua marca em temas que se tornaram clássicos da música portuguesa. Este envolvimento com Variações foi um ponto de viragem, consolidando-o como um instrumentista de excecional sensibilidade.

Na década de 1990, voltou a expandir horizontes, colaborando no álbum homónimo da banda Amarguinhas em 1996, onde assumiu a função de misturador e tocou percussão. Paralelamente, aventurou-se na videoarte, expondo algumas das suas peças em eventos como a Bienal de Cerveira. O seu talento para compor ambientes sónicos levou-o a criar bandas sonoras para cinema e televisão. Compôs temas para filmes como Amo-te Teresa (2000), telenovelas como Nunca Digas Adeus (2001) e Sonhos Traídos (2002), além da banda sonora do telefilme Amor Perdido (2001). Estas incursões demonstraram a sua capacidade de adaptação e de contar histórias através da música.

Em 2016, foi convidado para integrar a rubrica Notas de Autor, da TSF, um espaço dedicado à reflexão cultural, onde partilhou as suas inspirações e influências. No mesmo ano, participou no Festival da Canção com o tema “My Paradise”, defendido por David Gomes, marcando uma inesperada incursão no universo eurovisivo.

O ponto culminante da sua carreira a solo chegou em 2018, com o lançamento do álbum Contrário da Escuridão, uma obra intimista e meticulosa sob o nome do projecto Espírito. Este disco, composto por dez temas inéditos interpretados por artistas lusófonos, revelou uma faceta mais pessoal e introspectiva do compositor, provando que, para Tóli, a música é uma jornada em permanente expansão.

O ensaio prossegue com uma análise detalhada do impacto duradouro de Tóli César Machado na música portuguesa e a sua contínua reinvenção ao longo das décadas.



[Música e Causa: O Compromisso Solidário de Tóli César Machado]

Para além da sua notável carreira musical, Tóli César Machado sempre revelou uma profunda consciência social e um compromisso genuíno com causas solidárias. Através da música, encontrou formas de apoiar iniciativas que visavam melhorar a qualidade de vida de diversas comunidades, utilizando a sua influência para gerar impacto positivo.

No dia 4 de Outubro de 2013, os GNR participaram na primeira Gala Solidária do Instituto Português de Oncologia (IPO), realizada no Coliseu do Porto. O evento, que reuniu vários artistas de renome, teve como objectivo angariar fundos para a investigação do cancro. Tóli, juntamente com os seus companheiros de banda, demonstrou que a música pode ser um veículo de transformação social, oferecendo a sua arte em prol de uma causa maior.

A sensibilização para a solidariedade não se limitou a um evento isolado. A 2 de Setembro de 2014, os GNR visitaram as crianças internadas na pediatria do Centro Hospitalar de São João, no Porto. Acompanhados pela mascote “Joãozinho”, símbolo do projecto “Um Lugar para o Joãozinho”, os músicos procuraram levar um momento de alegria e esperança aos pequenos pacientes, apoiando a construção de uma nova ala pediátrica.

Em 21 de Abril de 2017, a banda voltou a colaborar com o Instituto Português de Oncologia, participando na terceira edição da Gala Solidária, evento que coincidiu com o 43.º aniversário do IPO-Porto. Tóli César Machado, sempre sensível à importância da investigação científica na luta contra o cancro, reforçou o compromisso dos GNR com esta causa, subindo novamente ao palco para dar voz à esperança.

O seu envolvimento nestas acções filantrópicas reflecte não só a dimensão humana do artista, mas também a convicção de que a música transcende o palco e pode ser uma ferramenta poderosa na construção de um mundo melhor. Mais do que um compositor e instrumentista talentoso, Tóli César Machado é um agente de mudança, provando que a arte e a solidariedade podem caminhar lado a lado.

O ensaio prossegue com uma reflexão sobre o legado de Tóli César Machado na música portuguesa e o impacto duradouro das suas criações.

[Campanhas de Sensibilização e Conexão com a Natureza]

A consciência ambiental e o envolvimento em projectos de sensibilização foram sempre parte do percurso de Tóli César Machado e dos GNR. A música, para além de ser um veículo de expressão artística, foi também usada como uma plataforma para promover valores de sustentabilidade e preservação do meio ambiente.

No dia 25 de Outubro de 2013, os GNR foram convidados a apadrinhar o Jardim Botânico da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. A cerimónia simbólica incluiu a plantação de uma árvore baptizada com o nome da banda, tornando-se parte da colecção temática “As Idades do Homem”. Este gesto não só representou a conexão entre a música e a natureza, mas também ajudou a divulgar um dos maiores jardins botânicos da Europa, que se estende por cerca de 140 hectares e abriga uma vasta colecção de espécies vegetais de várias partes do mundo. A iniciativa destacou a importância da conservação da biodiversidade e do estudo do reino vegetal, temas que sempre despertaram a atenção e a sensibilidade dos músicos.

Três anos depois, a 3 de Setembro de 2016, Tóli, Rui Reininho e Jorge Romão associaram-se a outra causa ambiental, desta vez ligada à preservação da fauna. O trio foi convidado pelo RIAS (Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens) da Ria Formosa para participar na libertação de um peneireiro-vulgar. A ave, resgatada ainda em cria pelo centro de recuperação, foi cuidada e treinada para readquirir as suas habilidades naturais até estar apta a regressar ao seu habitat. A honra de devolver a ave à natureza coube a Tóli César Machado, num momento simbólico de conexão com o mundo selvagem. Rui Reininho baptizou o jovem falcão com o nome Asas Eléctricas, inspirado numa das canções dos GNR, reforçando a relação entre arte e natureza.

Estes gestos não se limitaram a simples actos de participação simbólica; reflectiram um compromisso genuíno com a sensibilização para a importância da preservação ambiental. Tóli e os GNR demonstraram que a música pode servir de ponte para despertar consciências e mobilizar esforços em prol da sustentabilidade. O envolvimento nestas campanhas solidificou o seu legado não apenas como artistas, mas também como agentes de mudança, sempre dispostos a contribuir para um futuro mais equilibrado e consciente.

O ensaio prossegue com uma análise do impacto contínuo de Tóli César Machado na música e na sociedade, reflectindo sobre o seu papel enquanto criador e visionário.

[O Reconhecimento: Prémios e Distinções]

Ao longo da sua carreira, Tóli César Machado e os GNR conquistaram não apenas a aclamação do público, mas também o reconhecimento institucional pelo seu contributo inestimável para a música portuguesa. Décadas de inovação e irreverência foram assinaladas com distinções que consolidaram o estatuto icónico da banda.

Em 2005, os GNR foram agraciados com a Medalha de Mérito Cultural, entregue pelo então Presidente da República, Jorge Sampaio. Este reconhecimento sublinhou o impacto que a banda teve na cultura musical do país, ao longo de uma trajectória marcada por audácia e criatividade.

Uma década depois, em 2015, a Câmara Municipal de Matosinhos atribuiu-lhes a Medalha de Mérito Dourada, enaltecendo a ligação da banda à região e o seu papel na promoção do pop rock português. Este galardão evidenciou a importância dos GNR não apenas como fenómeno musical, mas também como embaixadores de uma identidade cultural única.

O tributo mais emblemático veio no dia 11 de Novembro de 2016, quando a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) distinguiu Tóli César Machado, Rui Reininho e Jorge Romão com a sua Medalha de Honra. A cerimónia, realizada no Auditório Frederico de Freitas, em Lisboa, celebrou os 35 anos de carreira da banda, reconhecendo a sua extensa obra discográfica, bem como a energia inesgotável das suas actuações ao vivo.

A atribuição destas condecorações não foi apenas um gesto de reconhecimento, mas uma afirmação do impacto profundo e duradouro que Tóli e os GNR tiveram na evolução da música portuguesa. Foram pioneiros, visionários e, acima de tudo, artistas que desafiaram convenções e enriqueceram o panorama musical nacional.

O ensaio prossegue com uma reflexão sobre o legado intemporal de Tóli César Machado e a forma como a sua obra continua a inspirar novas gerações de músicos.

[Noir: Um Poema em Som e Sombra]

Noir não é apenas um álbum; é um palco de sombras e clarões, uma tela onde a música se derrama como tinta negra sobre um filme por revelar. Tóli César Machado, qual cineasta sonoro, ergue aqui um labirinto de notas onde ecos do passado se entrelaçam com murmúrios do futuro. É uma obra de madurez artística, um sussurro melancólico no silêncio da noite, uma paisagem de neons difusos e silhuetas que deslizam entre os acordes.

O título não é mero acaso — Noir evoca os becos sem saída da alma, as esquinas onde a luz e a sombra se cruzam sem nunca se tocarem. Cada melodia é uma história não contada, cada pausa um mistério suspenso. A música torna-se narração, os instrumentos encarnam personagens, e as letras — desenhadas por poetas como Tiago Torres da Silva, Edu Mundo, Vasco Barreto, Hélder Moutinho e Mário Alves — são diálogos de um filme perdido nas brumas do tempo.

As palavras em Noir são como fragmentos de espelhos partidos, reflectindo a melancolia, o desejo, a inquietação do que se perdeu e do que nunca chegou a ser. Cada verso é um feitiço, lançado ao vento noturno, ecoando no silêncio das ruas vazias. Não há pressa em cada tema; há um tempo suspenso, como se a vida estivesse a ser filmada em câmara lenta, cada som um grão de memória cristalizada.

A paisagem sonora, tecida com precisão meticulosa, conjuga instrumentos que dialogam como vozes numa peça de teatro existencial. O violino de Ianina Khmelik chora nas esquinas da noite, o baixo de Luísa César Machado pulsa como um coração sombrio, e as harmonias do Wallow Choir elevam a melodia a uma prece etérea. Em “Sul”, o quarteto de cordas, sob a batuta de Telmo Marques, desenha arabescos de saudade e desejo no ar denso da madrugada.

As vozes escolhidas para habitar este universo são espectros líricos, almas errantes que percorrem os corredores deste teatro musical. Ela Vaz, Marisa Liz, Valter Lobo, Marcela Freitas, Hélder Moutinho e Zeca Medeiros emprestam os seus timbres como personagens deste conto noir, interpretando cada tema como se revelassem segredos há muito enterrados.

Tóli César Machado transcende, mais uma vez, as barreiras do comum. Noir não é um disco; é um romance sonoro, uma pintura impressionista feita de sons, um filme sem imagens onde cada nota ilumina e esconde. Com este trabalho, ele não apenas revisita o passado, mas desenha um novo caminho para a música contemporânea, onde o tempo se dissolve e a melodia se transforma em enigma eterno.

[Conclusão: A Eternidade da Música]

Tóli César Machado não é apenas um nome na história da música portuguesa, mas um arquitecto sonoro cujo legado ressoa para além do tempo. A sua obra, vasta e multifacetada, inscreveu-se na memória colectiva como um conjunto de composições que transcendem a mera experiência auditiva. A cada acorde, a cada verso, a cada experimentação sonora, ergueu pontes entre géneros, entre épocas, entre sensibilidades.

A sua viagem musical foi uma alquimia entre tradição e vanguarda, entre rebeldia e lirismo. Dos primeiros passos na percussão à maturidade das suas composições cinematográficas, Tóli soube sempre reinventar-se sem perder a sua essência. No palco, na produção ou na escrita, foi um artesão da emoção, moldando cada melodia com o esmero de quem sabe que a música é um corpo vivo, destinado a vibrar no coração de quem a ouve.

Ao longo das décadas, Tóli ensinou-nos que a música não se fecha em dogmas, que a criatividade não se submete a regras rígidas, que a melodia é um fio invisível que liga mundos e sensibilidades. A sua obra é, e será sempre, um eco da inquietação artística, da procura incessante por novos territórios sonoros.

E, como todas as grandes músicas, a sua continuará a ser ouvida, reinventada, revisitada, iluminando gerações futuras com a mesma intensidade com que um acorde ressoa no infinito.


pub

Últimos da categoria: Ensaios

RBTV

Últimos artigos