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Estava numa sala de ensaio no início dos 2000 quando me mostraram a “Didn’t We Deserve a Look At You The Way You Really Are” e ficou em loop. Cada nota, cada silêncio como parte de uma narrativa maior. Tudo afiado.
Passei anos a ouvir-te, Steve. E tu sempre sem merdas, ou com algumas merdas vá, mas não é por concordar com a maior parte delas que te dou carte blanche. És apenas uma pessoa, frequentemente nos lembras disso, mas também és uma ideia que se manifesta através da resistência ao esperado. Ao manteres a tua integridade, inspiras firmeza, cerrar de dentes.
Um pouco depois fui para o curso de Som e lá estavas tu outra vez a fazer parecer tudo tão simples.
Na passada sexta, a matar minutos antes de um concerto, eras o tema da nossa conversa. Um dia destes devíamos ligar para o Electrical Audio e visitar-te. Para gostares, ou odiares, mas para termos uma “foto” tua da nossa música. As tuas “fotografias” são especialmente incisivas.
E ainda Fugazi, Don Caballero… Nirvana.
Vai tudo continuar, porque és só uma pessoa, mas vai ter muito menos “piada”.
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