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Fotografia: Sara Hawk
Publicado a: 24/04/2025

Acontece esta sexta-feira, no dia 25 de Abril.

Stereossauro antecipa concerto de homenagem a Carlos Paredes: “É uma medalha que vou usar com muito orgulho”

Fotografia: Sara Hawk
Publicado a: 24/04/2025

Para celebrar o aniversário da revolução dos cravos e o centenário de Carlos Paredes, Coimbra recebe esta sexta-feira, 25 de Abril, “Paredes de Abril”, um espectáculo de homenagem idealizado por Stereossauro, produtor e DJ que tem, ao longo dos anos, prestado diferentes tributos ao mestre da guitarra portuguesa, cuja influência em parte da sua obra é notável.

O concerto arranca pelas 18 horas na Praça do Comércio e também integra DJ Ride, Ricardo Gordo, Ana Magalhães, Pedro Jóia, Beatriz Rosário, Ricardo Silva e Rui Pato. O EP Quatro Paredes, lançado recentemente por Stereossauro e DJ Ride que enquanto dupla assinam como Beatbombers também será um projecto em destaque nesta performance. O Rimas e Batidas dirigiu algumas questões a Stereossauro para antecipar a actuação.



Como foi idealizar e preparar este espectáculo especial de homenagem a Carlos Paredes no dia 25 de Abril? O EP Quatro Paredes está integrado neste projecto?

Qualquer espectáculo é sempre um desafio. Ainda para mais estes com uma carga de significado mais pesada. Como se não chegasse o 25 de Abril, ainda há o centenário de Carlos Paredes. Mas, felizmente, é algo em que eu já venho a trabalhar bastante há algum tempo. E já tenho bastante repertório, quer de um dos casos, quer do outro. Então, trata-se um bocado de escolher os melhores momentos e os que já foram testados ao vivo. Sendo que neste caso temos ainda o extra do EP Quatro Paredes, de tributo ao Carlos Paredes, que já foi feito a pensar no centenário, ainda sem saber se teríamos um concerto em Coimbra ou não. E vamos tocá-lo na íntegra, claro. Vai ser uma das partes centrais do concerto.

De que forma é que a música de Carlos Paredes se irá entrelaçar com a tua e com os contributos dos diferentes convidados anunciados?

A música do Paredes tem sido uma grande referência e influência para o meu trabalho. E mesmo antes deste EP, o “Verdes Anos”, claro, que é sobejamente conhecido e que reflecte isso mesmo, mas depois mesmo em discos como o +351, que é totalmente instrumental e dedicado à guitarra portuguesa, há ali muita influência do Carlos Paredes. Neste caso, temos não só todo esse repertório, como também o novo EP, e os contributos dos convidados. Por exemplo, no +351 o “guitarrista de serviço” foi o Ricardo Gordo, e aqui ele convida mais um guitarrista de Coimbra, na guitarra portuguesa, o Ricardo Silva; e outro guitarrista da guitarra clássica, também de Coimbra, o Rui Pato, que é um guitarrista histórico que tocou ao vivo com o Zeca Afonso, por exemplo. Este então integra-se quer com o Carlos Paredes, quer com o 25 de Abril, da maneira mais forte possível. E depois vai haver temas de Zeca Afonso, da Amália Rodrigues

É um reconhecimento importante ser convidado para prestar um tributo desta dimensão a Carlos Paredes no ano do seu centenário?

Sim, claro que é um reconhecimento gigante. Lá está, não é que fosse algo que eu andasse à procura, mas acho que é algo para o qual já trabalhei bastante. Já há muitos anos que ando a divulgar a música do Carlos Paredes, portanto é com muito gosto, com muita honra, que recebo este convite para prestar tributo ao Carlos Paredes, ainda para mais no seu centenário, na cidade de Coimbra. É uma “medalha” daquelas que ficam para sempre. Aliado ao facto de ser no 25 de Abril, é uma honra e uma responsabilidade muito grande. É uma medalha daquelas que vou usar com muito orgulho ao peito.


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