“É o primeiro álbum nacional editado apenas em formato digital a atingir o galardão de platina”. Estas palavras vêm no comunicado de imprensa enviado pela Sony Music Portugal e são sobre Sacrifício: Sangue, Lágrimas e Suor, o mais recente LP de Plutónio, editado em Novembro do ano passado.
Ancorado em singles como “Meu Deus” e “1 de Abril”, ambos com estatuto de tripla platina, “Somos Iguais”, dupla platina, e “Vergonha na Cara” e “Lucy Lucy”, ambos platina, o sucessor de Preto & Vermelho atingiu a marca com números de streams que equivalem a vendas superiores a 15 mil unidades. O “Futuro Presidente da Junta de Alcabideche” reagiu no Twitter:
Christelle Antunes, label manager da Sony portuguesa, falou com o ReB sobre este feito:
“É um enorme orgulho para a Sony Music Portugal poder trabalhar com um artista tão talentoso quanto o Plutónio. Ficamos muitos felizes por poder contribuir para que tenha atingido um galardão desta importância, mais um na longa caminhada de metas e galardões atingidos pelo Plutónio e pela Bridgetown. Este é um feito histórico para a música portuguesa de todos os géneros. Na Sony Music nunca duvidámos, e acompanhamos de perto o impacto fortíssimo do hip hop em Portugal. Esperamos que este seja mais um passo para o provar a ainda mais gente.”
Meses depois da edição do disco, Manuel Rodrigues marcou presença na volta de celebração no Coliseu dos Recreios e, entre outras coisas, escreveu:
“O simbolismo é evidente. Não se trata apenas de uma simples reprodução de um ambiente que lhe é familiar. É como se o bairro se tivesse deslocado da periferia até ao coração da babilónia para um triunfo magistral sobre o cada vez menos camuflado processo de segregação e marginalização. A metáfora casa na perfeição com as rimas resgatadas da rua e os discursos de superação de Plutónio, que a dada altura do concerto chega a incentivar os presentes a perseguirem os seus sonhos e, sobretudo, a deixarem um bom exemplo para as crianças, isto em contexto de ‘Dramas & Dilemas’. É notável e exponencial o crescimento de Plutónio, longe do mero acaso ou intervenção divina, espelho da luta que evoca em Sacrifício: Sangue, Lágrimas, Suor, título resgatado ao maior clássico discográfico de Chullage, um dos seus mais importantes pontos cardeais a nível de inspiração.”