A Bantumen dá o mote: Fevereiro é agora o Mês da Identidade Africana para a publicação que celebra a cultura negra da lusofonia. A primeira peça já está disponível e tem em destaque a poeta Alice Neto de Sousa.
A iniciativa é pioneira em Portugal e vai buscar a sua inspiração ao que países como os Estados Unidos da América, Reino Unido ou Canadá fazem em torno do Black History Month. Entre 1 e 28 de Fevereiro, a Bantumen quer passar o microscópio sobre os traços africanos que hoje compõem o nosso ADN sociocultural e se estendem da gastronomia às artes.
Em declarações que encontramos no press-release, Vanessa Sanches, fundadora da plataforma digital que no final do ano passado destacou as “100 personalidades negras mais influentes da lusofonia“, conta o que a moveu a criar este novo movimento (e “uma necessidade social“) de valorização da herança negra:
“Refletir, celebrar e partilhar a diversidade da nossa sociedade significa fomentar a aceitação da multiculturalidade nacional, criando um ambiente que promova a inclusão. A presença africana em Portugal é secular, faz parte da História do país. À semelhança do que já acontece noutros países, é preciso reconhecer essa história, criando espaço para tratar as feridas do passado, celebrar essa presença e refletir sobre as questões sociais inerentes e as suas soluções. Assim, na BANTUMEN decidimos que este seria o ano em que passaríamos das palavras à ação. Nesta primeira edição, vamos celebrar o #MIA2022 com destaque para a cultura, literatura, arte, gastronomia, entre outras áreas.”