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DMX, influente rapper nova-iorquino, morreu hoje, aos 50 anos, no Hospital de White Plains, em Nova Iorque, depois de ter estado seis dias ligado às máquinas devido a um ataque cardíaco.
A notícia chegou há pouco, menos de 24 horas após uma bateria de testes à actividade cerebral do rapper não ter mostrado quaisquer melhorias quanto ao seu estado. DMX estava em coma desde sexta-feira passada, dia 2 de Abril. O seu cérebro não resistiu à falta de oxigénio a que esteve exposto por cerca de 30 minutos, logo após o incidente.
Earl Simmons leva consigo três décadas de ligação ao mundo da música, produto de uma geração de ouro de MCs que despontaram a partir de Nova Iorque, o berço do hip hop, entre o final da década de 80 e o início dos 90s. Lançou o primeiro álbum aos 27 anos, depois de ter conquistado a atenção de alguns colegas com uma reputação mais vincada no meio, como os The LOX, Ma$e ou LL Cool J. Editado em 1998, It’s Dark and Hell Is Hot trouxe um novo fôlego ao rap hardcore e colocou o nome de DMX entre a lista de artistas mais bem sucedidos comercialmente, com “Ruff Ryders’ Anthem”, “Get At Me Dog” ou “Stop Being Greedy“, principais singles desse disco, a surgir em destaque na tabela de vendas norte-americana.
Apesar do trajecto conturbado, que o levou a ser alvo de inúmeras detenções e processos legais, o tom agressivo mas sempre carismático que fez passar para a sua música eram um marco da resistência de um dog que não se queria deixar açaimar numa altura em que o hip hop começava a dar origem a cada vez mais fenómenos que perfuravam até aos domínios da pop. Em 2001 conseguiu mesmo a atenção do comité que organiza os GRAMMYs, que escolheu …And Then There Was X, o seu LP mais bem- sucedido de sempre, e “Party Up (Up In Here)“, um dos singles desse projecto, para as shortlists de Melhor Álbum de Rap e Melhor Performance de Rap a Solo, respectivamente, acabando por perder para um Eminem endiabrado em ambas as categorias.
Nas redes sociais, a comunidade hip hop chora neste momento a morte de DMX e o nome do rapper não parece querer abandonar as principais tendências do dia. Na Rolling Stone, há uma lista de 16 temas essenciais do prolífico MC de Yonkers, ponto de paragem obrigatório para se fazer o luto.
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