pub

Fotografia: Rita Carmo
Publicado a: 31/05/2023

No swing do activismo.

Beatriz Nunes: “Desafio-me a compor porque sinto que tenho coisas para dizer”

Fotografia: Rita Carmo
Publicado a: 31/05/2023

Não há um único momento em que um sorriso não ilumine o rosto de Beatriz Nunes. Um sorriso ou, pelo menos, a promessa de um sorriso. Porque quando fala de actvismo e de se sentir herdeira de figuras transgressivas, quando se põe a pensar no seu lugar, no lugar da música que cria, não é tanto essa expressão facial de felicidade que lhe marca as feições. Será mais o ar de quem confia que caminha no sentido correcto, aquela ideia de quem parte sabendo que o trajecto por diante é longo, mas que nada é impossível.

Livro de Horas é o novo álbum de Beatriz, trabalho em que se faz acompanhar por Mateja Dolsak no saxofone tenor, Luís Barrigas no piano, Mário Franco no contrabaixo, Jorge Moniz na bateria e ainda, cada uma num tema, Edvania Moreno no violino e Femme Falafel também na voz. Amanhã, dia 1 de Junho, Beatriz leva um jazz diferente do que nos propõe no seu novo disco até às sessões mensais do Brown’s, fazendo-se acompanhar por André B. Silva na guitarra e André Rosinha no contrabaixo. Aí irá beber no cancioneiro clássico americano. O que faz sentido, não só porque esse cancioneiro também é ferramenta precisosa quando trabalha como pedagoga, mas porque a ensinou a “falar”. E Livro de Horas é mesmo Beatriz Nunes a deixar claro que não só “fala” bem, como tem voz própria.



Quero começar por te dar os parabéns pelo teu Livro de Horas. Mas antes de mergulharmos no álbum, gostava que comentasses… Sinto que há uma espécie de declaração de intenções muito forte na tua opção de escolher como carta de apresentação deste trabalho o single “As Bruxas”…

Sim! Eu acho que sim. É provavelmente a música que resume melhor as intenções, sim. O disco tem um pano de fundo activista, enfim, sem querer ser um panfleto, não é? Eu não quis ser muito programática, no sentido de fazer música ilustrativa — pelo menos de uma forma consciente. É um bocado difícil as músicas não estarem informadas por aquilo que é a minha vivência actual e as preocupações que eu tenho neste momento, também, enquanto activista e investigadora sobre questões de poder e de relações estruturais dinâmicas entre as pessoas — e não só, com a natureza também. Então, sim, diria que esta primeira música, o single, acaba por ser um bocado uma declaração de intenções, mas acho que também é um bocado uma forma de me identificar e de me posicionar. “Olhem, eu sou esta pessoa. Sou herdeira disto.” E, neste caso, quando eu digo “As Bruxas”, falo destas figuras femininas transgressivas cujo pensamento, de alguma forma, resiste. Eu sou herdeira disso. Ponho-me nesse lugar, de herdeira de um legado.

As mulheres começam a reclamar as figuras que foram usadas para as demonizar como arquétipos de empoderamento.

É isso mesmo. No fundo, a ideia de bruxas ou de feiticeiras é um bocado esta figura feminina transgressiva que era conotada… Elas tinham um poder um pouco sobrenatural porque dominavam alguns tipos de conhecimentos que eram vedados às mulheres. Agora, recentemente, com a morte da Rita Lee, fui dar com um vídeo dela que não conhecia, em que ela dizia que “o tempo é o maior aliado das feiticeiras, das bruxas.” Achei muito engraçada essa ideia, que o tempo é um grande aliado. E achei engraçado porque tem a ver com a ideia do meu disco, do tempo. Este single também fala um bocado disto, refere que não acabam estas dinâmicas. Estes conflitos e estas tensões são um bocadinho recorrentes. Às vezes dá a sensação de que é interminável, que é um bocado uma batalha sem fim, tipo Sísifo. Parece que a pessoa ganhou qualquer coisa, mas logo vem outra… Há esta coisa de parecer que se anda para trás e dos direitos não serem garantidos. Há esta sensação de que, logo a seguir, tudo pode andar para trás. Também é uma visão, um bocadinho, de que o tempo e os acontecimentos para lá da nossa existência são uma coisa muito maior. Tudo existe para acabar, de alguma maneira. Eventualmente tudo acaba, nem que seja de uma forma muito negativa e que nos leve a vida toda. Sei lá [risos].

Tu usavas aí uma palavra, “activismo”, que eu tenho tido muita dificuldade em encontrar no contexto do jazz nacional. Aliás, diria que é completamente por oposição àquilo que eu vejo acontecer em Inglaterra ou nos Estados Unidos, em que há uma componente política muito vincada, incluindo da parte de artistas mulheres. Por cá, nem em mulheres — que são poucas, como bem sabes e melhor que eu — nem em homens. O jazz tem-se desligado um bocadinho da ideia de erguer bandeiras, de assumir causas e posições, não é? Sentes isso também?

É muito curioso estares a falar dessa questão, porque eu voltei de Helsínquia na semana passada, onde estive numa conferência sobre investigação em música e activismo. Porque esta questão do activismo depois intersecta com a investigação, onde nem sempre é muito bem visto… Não é que não seja bem visto, mas é posto em causa o conhecimento que é criado a partir de uma investigação activista. E logo a primeira coisa que é posta em causa é o rigor do trabalho e o rigor do conhecimento. Isso parte de uma ideia de neutralidade. Acho que na música isso também é o que acontece. Ou seja, a ideia de que a música vale pela música. Há esta ideia de neutralidade — nós somos neutros. A neutralidade… Ela de facto não existe [risos]. Se formos agora — e não querendo ser muito erudita — às ideias da Donna Haraway e à ideia de conhecimento situado, de posicionalidade, nós todos falamos a partir de uma determinada posição, perspectiva, vivência. Às vezes, a minha sensação é a de que existe uma falta de consciência pelo lugar que ocupamos, também em relação aos nossos privilégios. Porque eu, evidentemente, quando digo que sou activista, estou consciente que, na minha identidade, também sou muito privilegiada, enquanto mulher hétero branca com acesso a educação. De facto, acho que a questão do activismo — e tendo vindo agora de Helsínquia, tenho pensado muito sobre isto e até tive uma discussão com o ChatGPT sobre o que é ser activista [risos] — significa o tu estares comprometido — na tua criação, seja ela académica ou artística — com uma transformação de justiça social. O que eu acho que pode acontecer, no caso do jazz em Portugal… Eu vou dizer isto totalmente de improviso, com um grande risco por não ter pensado muito na questão: a forma como o jazz entrou no nosso país e como se tem institucionalizado, talvez agora menos, foi bastante elitista. É uma música que foi predominantemente tocada e ouvida por homens brancos em posições muito privilegiadas. Não penso que seja só isso que acontece hoje em dia, porque já temos escolas públicas, cursos profissionais e, claro, há mais pessoas de diferentes backgrounds a ter acesso ao ensino do jazz. Acho que, talvez, a rede continua a ter uma dinâmica de privilegiar pessoas… Mas eu não punha isto numa responsabilização muito individual, mais numa perspectiva estrutural. Este assunto em particular, das questões de género no jazz, é muito recente em Portugal. Comparando com os Estados Unidos ou com Inglaterra… E nós ainda nem sequer estamos a falar das questões étnico-raciais, não é? Porque se tu fores a pensar porque é que em Portugal só temos praticamente pessoas brancas a tocar jazz, então esticas ainda mais a questão. É uma reflexão importante para se fazer.

Entrando agora no lado mais artístico do disco: que disco é este, com quem é que o decidiste fazer e como é que ele nasceu na tua cabeça? Como é que o estruturaste e porque é que pensaste nestas pessoas que te acompanham nesta aventura muito particular?

Compor música e fazer estes projectos que eu lidero — como foi o caso do Canto Primeiro e agora este disco — é uma coisa que eu quase me obrigo a fazer. Eu desafio-me a fazê-los. Porque sinto que tenho coisas para dizer. O que me apeteceria era não me expor, não arriscar. Então é sempre um exercício um bocado de contrariar a minha, se calhar, inércia de não fazer. Já tinha gravado o Canto Primeiro em 2018 e propunha-me este desafio, de “O que é que eu quero fazer a seguir? Que proposta é que eu tenho para apresentar?” Tenho vários cadernos com muitos apontamentos, interesses, coisas fragmentadas, e havia esta ideia de trabalhar estes objectos — os livros de horas são objectos de devoção medievais, que são muito interessantes. Para já, eram ricamente trabalhados nas ilustrações e iluminuras, e esse lado sempre me interessou. Mas, ao mesmo tempo, também por fazerem uma espécie de marcação do tempo, através de rituais, de orações, e também por representarem autonomização em relação ao sacerdote. Tu, com um livro de horas, podias tu mesmo, autonomamente, fazer as tuas rezas em casa. Fiquei com esta ideia do que seria… Depois, também investiguei e vi que o Rilke também já tinha O Livro de Horas, vi que a Maria Gabriel Llansol também já tem um livro chamado Livro de Horas. Mas essa proposta ainda não estava pensada como…

Portanto, pensas aqui a devoção enquanto uma coisa intima e não como um acto social, não é?

Isso! É exactamente isso! Obrigada [risos]. Pensei em quais seriam as minhas orações. “Se eu fizesse o meu livro de horas, que orações poderia trabalhar? Quais seriam as minhas preocupações? Quais as coisas pelas quais eu quero rezar?” A partir daí, escrevi música para o disco e aproveitei coisas que já tinha escrito antes e que achei que podiam fazer sentido aqui — “As Bruxas” é um desses casos, já a tinha escrito em 2017, mas achei que podia perfeitamente entrar neste contexto. Depois reuni pessoas que acho que também têm que ver com isto. Por um lado, privilegiei as pessoas com quem já tocava antes — o grupo com o Jorge Moniz, o Mário Franco, o Luís Barrigas. Nós já tocamos desde 2012 e eu acho que isso é muito precioso, essa cumplicidade que se cria em mais de 10 anos a tocarmos juntos. E este tipo de música vive muito da comunicação e da parte da improvisação. Isso é precioso e eu queria regressar a este grupo, mas quis também juntar a Mateja Dolsak no saxofone. Eu já tinha trabalhado com ela noutros contextos e também me queria desafiar, mais uma vez, a escrever para quinteto. “Que possibilidades haveria aqui com um outro elemento?” Ou seja, não pôr a voz como um elemento leading da melodia e poder, também, ter o saxofone para dividir um bocado esses espaço.

O saxofone é uma outra voz, no fundo, não é?

É exactamente isso. Sim. Poderia não ter pensado dessa maneira, mas pensei dessa forma. Somos duas vozes, sim. Depois, convidei mais pessoas. Convidei a Femme Falafel e estou muito entusiasmada com esta participação dela. Estou muito contente, ainda por cima ela agora ganhou o Festival Termómetro e está a ter o reconhecimento que merece. Ela é uma tipa super-criativa. Este disco também é um pouco isso, sobre dar espaço a vozes de mulheres. Há este arco de cantautoras que se fecha entre a Beatriz de Dia, do século XII, que tem aqui uma música em languedoc, e fecha com a Femme Falafel, que eu vejo como uma voz do futuro, de uma expressão muito original.

E é muito curioso que, de repente, se ouça languedoc no teu disco e no disco da Cécile McLorin Salvant...

Uau! Não sabia.

Pois é! Esse disco saiu há semanas.

Fogo, não sabia! Olha, fico bué contente com isso! Acho bué fixe quando… Acho que é bom sinal, o tal inconsciente colectivo que o Jung fala. É bom sinal, porque quer dizer que estamos todos ligados na mesma frequência de onda. Sinto isso como uma validação! É fixe e vou investigar.

Quais são os planos para este trabalho em termos de concertos?

É. Nós agora temos uma primeira apresentação, dia 27 de Maio, na Casa Fernando Pessoa — a entrada é livre e começa às 17 horas. Vai ser uma espécie de apresentação do disco. Eu ainda não… É o desafio de fazer tudo sozinha, o preço que se paga pela independência, por não estar a trabalhar propriamente com ninguém, em termos de agenciamento ou… Eu estou realmente a fazer tudo, o trabalho centraliza-se muito em mim e agora vem a fase de booking, que também vou ser eu a tratar. Acho que temos um concerto que há-de acontecer em Setembro, na Figueira da Foz, que está a ser fechado agora, mas ainda não está confirmado. Tu sabes como é que funcionam estes timings. Para termos concertos agora tínhamos de ter negociado há bastantes meses, portanto acho que talvez consiga apanhar o final do ano. Em Janeiro e Fevereiro não acontece nada, mas talvez, no próximo ano [mais tarde], consigamos estar a apresentar o disco. Mas espero que ainda no final deste ano possamos ter alguns concertos e oportunidades para apresentar o álbum ao vivo, claro que sim.

Há alguma gaveta mais específica onde tu sintas que o disco faça mais sentido de se encaixar, esteticamente falando? Consegues classificá-lo ou vês esta música como algo mais exploratório — no melhor sentido da palavra — que aponta em várias direcções? Como é que o sentes?

É muito complicado. Ainda ontem tive uma entrevista na Antena 2, então tanto acho que é possível falar sobre este disco de uma forma mais erudita, como é possível estar a falar contigo e, se calhar, puxarmos a questão da Femme Falafel… É isso: eu acho que o disco arrisca, eu arrisquei nesse sentido e estiquei a corda, quase ao ponto de, talvez, poder comprometer a coerência, embora eu ache que não. Sabes que obra é que meio que me deu a ideia de “epá, esquece isso”? Foi a ROSALÍA. Se a ROSALÍA pode fazer o que quiser — pode estar a cantar flamenco e depois está a fazer rap ou whatever — eu também vou pôr tudo o que eu gosto. E eu gosto de muita coisa diferente. Isso complica a questão da catalogação e a catalogação é muito importante para o mercado, porque o mercado gosta muito de catalogações. Então, eu diria que isso pode ser mais uma vantagem, no sentido em que é um disco facilmente maleável e adaptável a muitos contextos, porque ele terá influências do jazz, da música erudita, da música tradicional portuguesa. Tem também um arranjo que parte de uma recolha do Giacometti. E eu sei que muita gente já trabalhou recolhas do Giacometti, mas não é esse o valor que essa música tem para mim. O valor que tem essa música é o facto de ser uma canção que retrata uma história de uma violação e é uma recolha dos anos 60. É uma senhora a cantar uma história de violência sexual contra uma mulher, e esse, para mim, é o conteúdo de interesse. Mas, lá está, é uma música de raiz tradicional, de tradição oral portuguesa. É difícil, de facto, catalogar o disco. Mas tem tudo isso lá dentro.

Houve espaço para a invenção nas gravações, ou levaste o trabalho de casa já todo feito?

Durante as gravações não há espaço para isso. É nos ensaios que há algum espaço, sim. E também não houve assim tantos. Sabes como é que é, os músicos são pessoas muito ocupadas e é difícil alinhas as disponibilidades de cinco pessoas mais as convidadas, a Femme Falafel e a Edvânia Moreno, que não tinha referido antes. A Edvânia é uma jovem violinista que começa o seu percurso na Orquestra Geração e eu tenho esta preocupação assumida em criar espaço, até porque este projecto foi financiado pela DGArtes e eu aí sinto uma certa responsabilidade na minha curadoria pessoal. Quero abrir espaço. “Quem é que eu escolho para entrar neste projecto?” Em relação à música e ao processo de como é que ela foi apresentada, ela parte de uma base escrita e houve um processo inicial, mais com o Luís Barrigas, em que testámos estruturas, algumas soluções, alguns arranjos que tinha proposto. Há um certo trabalho de tentativa e erro com a banda. Eu levo coisas, proponho, experimentamos e é um bocadinho democrático. Não vou romantizar: eu assumi que, no fim, a decisão é minha, mas gosto de…

É o teu nome em letras grande na capa.

É isso. E eu gosto de não ter medo de… Falava nisso com a Aline Frazão, no Festival Theia, no ano passado. Para ela, a banda também é muito importante, e um dia alguém lhe perguntou: “Mas porque é que é Aline Frazão? Porque é que não é o nome dos teus músicos todos?” E eu achei isto bué interessante, porque ela ficou a pensar muito naquilo — “Será que estou aqui a pôr-me à frente de alguém?” Depois, de facto não. Somos nós que também temos o direito de ocupar este espaço! Eu quero ocupar este espaço! Então vou fazê-lo sem pedir desculpa. Eu quero ocupar este espaço. De facto, o processo de criação tem muito dos músicos, claro que sim. Nos arranjos? Há aqui soluções que foram propostas pelo Mário Franco ou pelo Barrigas, sem dúvida. Na “A Chantar”, a tal música da Beatriz de Dia, senti que o Luís Barriga teve um papel mesmo muito importante e a sua autoria tem de lá estar, no arranjo, partilhada comigo. Nas outras, senti que foram mais inputs muito orgânicos — “Então e se, aqui, em vez de fazer aquela malha fizer esta?” Claro que isto, no fim, é quase um trabalho de direcção musical, em que eu também estou a fazer trabalho de produção e… Essa é outra fase: nas misturas, há algum espaço para produção. Corta-se esta frase, vai-se buscar aquela. Eu faço também esse trabalho com alto síndrome de impostor, porque eu não tenho preparação nenhuma para fazê-lo [risos]. É tipo… É mais por falta de recursos. Não tenho mais dinheiro para pagar a mais malta, então vou eu fazer e vou-me atirar.

“A necessidade é mãe da invenção”, não é o que se costuma dizer?

Bastante.

Para terminar: fala-me um bocadinho do que as pessoas vão poder ouvir no dia 1 de Junho, nas Brown’s Jazz Sessions. Escolheste duas pessoas muito particulares, portanto vais explorar um repertório completamente diferente. Isso é uma outra faceta tua, ou dirias que é a mesma pessoa a expressar-se apenas de outra forma?

Essas questões da identidade musical são muito complexas. Esse jazz que vai ser apresentado nas Brown’s Jazz Sessions, é um repertório mais tradicional do cancioneiro americano. Isso tem que ver com a minha formação académica. Eu também sou professora de jazz na Escola de Jazz Luiz Villas Boas — no Hot Clube — mas confesso que eu própria tenho criticado e pensado melhor sobre isso, em sobre qual é o nosso papel quando fazemos música desse repertório e qual é a nossa posição em relação a essa música. Devemos, se calhar, ter mais atenção e introduzir música de compositoras mulheres, não é? Acho que é uma coisa a pensar. Nesse concerto vai ser uma coisa bastante tradicional, nesse sentido, já que é uma cantora e dois homens instrumentistas. Não é possível estar sempre a transgredir. Mas é isso que as pessoas poderão ouvir. É repertório tradicional. Tenho a lista aqui algures… Sei que são temas dos quais todos gostamos muito. Estou-me a lembrar que temos, por exemplo “A Night in Tunisia”, coisas assim bastante…

Maravilha!

São, são. Isso, de facto, é. O difícil é escolher. Temos a “Old Devil Moon”, “Feeling Good”, “Get Out Of Town”, que eu acho tão linda na versão do Caetano Veloso — vamos fazer uma coisa semelhante. Mas tem a ver, também, com contextos. Agora voltando à investigação, um professor meu dizia: “Quando nós fazemos uma apresentação académica, nós temos de preparar a nossa apresentação para o público que vamos ter, para o auditório que vamos encontrar.” Eu acho importante adequarmos o que é que nós vamos apresentar ao auditório que vamos encontrar.


pub

Últimos da categoria: Entrevistas

RBTV

Últimos artigos