Mesmo na recta final do mês em que se celebra o orgulho LGBTQI+, a publicação britânica The Guardian lançou uma peça sobre António Variações, ícone musical português que morreu há 36 anos.
Num artigo assinado por Pedro João Santos, membro da redacção do Rimas e Batidas, o percurso singular e atribulado do “inventor da pop portuguesa” é revisto através das várias camadas que compunham a sua vida, personalidade e obra, falando-se ainda sobre o seu ressurgimento na esfera popular a propósito do lançamento do disco de versões dos Humanos, em 2004, e, mais recentemente, da edição de Entre Braga e Nova Iorque, em 2018, e da chegada aos cinemas do filme Variações, em 2019.
Para além do autor da matéria, há ainda a “voz” de Manuela Gonzaga, escritora e activista, e os testemunhos de Teresa Couto Pinto (a primeira agente do cantor) e do investigador António Fernando Cascais, que ajudam a pintar este retrato que relembra o furacão que nos deixou apenas dois álbuns, Anjo da Guarda (1983) e Dar & Receber (1984).
A cut above: António Variações, Portugal’s queer pop superstar
In the midst of wild olive trees, a muscular man sporting pink hair and a woman’s swimming costume stares into a mirror. There, at the meeting point of pastoral and queer, is António Variações: Portugal’s first gay icon, who shook the country from its post-revolution torpor after fascism’s 41-year reign.