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Nave Mãe, ao lado de TUGALIFE, comanda os destinos de uma das mais interessantes editoras portuguesas, a 1980. Foi há aproximadamente dois anos que etiqueta Porto-via-Brixton começou a descarregar no SoundCloud uma série de mixes, seguindo-se um primeiro EP e o primeiro volume da compilação Lyfers. Foi um ano de experiências, de estudo de formas e contextos rumo ao planeamento de futuras edições, tendo já em vista uma expansão mais visível no mundo virtual.
Escolhas acertadas e timings infalíveis fizeram de 2015 o ano mais produtivo na 1980. A começar logo com Kids, de TUGALIFE, produção, aliás, muito bem acolhida no Rimas e Batidas; a somar há lançamentos de José Acid, User_145, rubricas sonoras na Rádio Quântica e até na britânica Loose Lips (que tanto interesse tem demonstrado nas produções nacionais) e, mais recentemente, o segundo volume da Lyfers – onde figuram nomes como VULTO., L-ALI ou Octa Push. Um ano de consolidação que, segundo Nave Mãe, já terá seguimento alinhavado para 2016 – aguarda-se pelo menos uma produção ao lado de “um dos meus rapper preferidos do momento.”
Rap, beatmaking e electrónica. É esta a fibra da 1980. E são estes os referenciais de Nave Mãe, como reflectem as escolhas do ano do DJ e produtor do nortenho.
[MELHOR ARTISTA NACIONAL] NERVE
“Era o regresso mais aguardado do músico mais escondido dos últimos anos e correspondeu bem mais do que às expectativas. Está tudo lá e, para mim, é o artista nacional do ano.”
[MELHOR ARTISTA INTERNACIONAL] Blue Daisy
“Disco fresco e genial na lendária R&S, produtor de vários projectos como o incrível EP da vocalista Connie Constance. Quando ouvimos algo dele temos a sensação de que o futuro está seguro”
[MELHOR PRODUTOR NACIONAL] VULTO.
“2015 só deu VULTO.. Esteve em todas: lançou EPs, mixtapes, álbum de remixes e colaborou com os MCs mais interessantes que apareceram nos últimos anos, incluindo o L-ALI. Fresco.”
[MELHOR PRODUTOR INTERNACIONAL] LV
“É o duo de produtores que roça a perfeição e 2015 não foi excepção. Ancient Mechanisms é um disco daqueles.”
[MELHOR FAIXA NACIONAL] “Untitled 4 (Photonz Remix)” de José Acid remisturada por Photonz
“Se a faixa original já é uma pedra daquelas, imaginem com um remix do Photonz em cima. Tema perfeito”
[MELHOR FAIXA INTERNACIONAL] “White Mice” de Mosca
“Foi o tema mais tocado por mim durante o ano. Viagem completa.”
[MELHOR DISCO NACIONAL] Kids de TUGALIFE
“Foi o ano da auspiciosa estreia do produtor com mais alma que conheço. Para mim, Kids é já um clássico, por todos os lados a que nos leva sem precisarmos de sair do nosso lugar.”
[MELHOR DISCO INTERNACIONAL] Darker Than Blue de Blue Daisy
“Genial.”
[MELHOR VÍDEO NACIONAL] “Subtítulo” de NERVE, dirigido por Chikolaev
“Conceito, alma e perfeição.”
[MELHOR VÍDEO INTERNACIONAL] “Acid Rain” de Lorn, dirigido por Pavel Brenner, Julian Flores e Sherif Alabede
“É incrível. Já viram?”
[O MEU MOMENTO MAIS MARCANTE]
“Foram vários. Desde a 1980 começar o ano com a faixa dos desconhecidos User_145 e ser-nos feita a proposta para a mesma ser um exclusivo nos Boiler Room Debuts; o destaque do José Acid na Wire Magazine; o primeiro lançamento físico da 1980 – Kids do TUGALIFE; a apresentação do EP do José Acid no Musicbox; a label night da 1980 no Desterro; a Radio Quântica; a release party no Passos Manuel da Radio Quântica; e um convite para voltar a pegar no caderno, na caneta e no microfone de um dos meus rappers preferidos do momento. Convite aceite. Venha o 2016.”